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O ex-lutador sofreu com encefalopatia traumática crônica e deixou um legado impressionante

Maguila, 62 anos, é homenageado com samba e livro com história de sua vida está a caminho
Maguila, 62 anos, é homenageado com samba e livro com história de sua vida está a caminho — Foto: Fernando Tucori.

No dia 24 de outubro de 2024, o boxe brasileiro perdeu uma de suas maiores estrelas: José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila. Aos 66 anos, o ex-atleta, que lutava contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), veio a falecer em São Paulo. A doença, que é uma forma de demência pugilística, acomete atletas que sofreram impactos repetidos na cabeça durante suas carreiras.

Maguila se destacou no ringue, tendo um cartel impressionante de 85 lutas, com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute. Sua trajetória esportiva começou nos anos 80 e incluiu lutas memoráveis contra grandes nomes do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman. Em 1995, conquistou o título mundial da FMB ao vencer o britânico Johnny Nelson, embora seu auge tenha sido ofuscado por algumas derrotas traumáticas.

Além de seu desempenho como lutador, Maguila foi comentarista e se apresentou em programas de entretenimento, como o Show do Tom, e também foi conhecido por suas opinões progressistas, como defendido em uma famosa entrevista de 1992, que viralizou recentemente. “Eu não acho que isso é uma doença, é que a pessoa já nasceu com o dom,” disse ele, referindo-se à homossexualidade, mostrando seu espírito acolhedor e respeitoso.

Retrato do pugilista brasileiro Adilson Rodrigues Maguila durante entrevista em 18 de janeiro de 1990
Retrato do pugilista brasileiro Adilson Rodrigues Maguila durante entrevista em 18 de janeiro de 1990 — Foto: FLÁVIO CANALONGA/ESTADÃO CONTEÚDO.

Em 2018, Maguila expressou a intenção de doar seu cérebro para pesquisas na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), uma decisão que visava ajudar na compreensão das consequências da ETC em ex-atletas. Apesar de sua morte, suas contribuições para o esporte e a ciência continuarão a fazer diferença.

Ele deixa sua esposa, Irani Pinheiro, e três filhos, todos que acompanharam de perto sua trajetória de superação e luta, tanto dentro quanto fora dos ringues. O legado de Maguila transcende suas vitórias e derrotas — ele se torna uma referência de resiliência e coragem em momentos difíceis.

Para homenagear sua contribuição ao boxe e à sociedade, fica o convite a todos os fãs e admiradores: compartilhe suas memórias e como Maguila afetou suas vidas nos comentários abaixo.

Referências

  • https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/10/24/maguila-declarou-interesse-em-doar-cerebro-a-usp-ha-6-anos-saiba-como-funciona-o-processo.ghtml
  • https://esportes.r7.com/mais-esportes/morre-o-boxeador-maguila-aos-66-anos-24102024/
  • https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/maguila-foi-comentarista-em-programas-e-viralizou-com-opiniao-relembre/

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