Uma História de Amor e Respeito em Meio ao Luto
Maguila apresentador em telejornal — Foto: Reprodução/TV Globo
Nesta semana, o Brasil se despediu de um de seus maiores ícones do boxe, **José Adilson Rodrigues dos Santos**, conhecido como Maguila. Aos 66 anos, ele faleceu em decorrência de uma condição de saúde agravada, a encefalopatia traumática crônica, e deixou um legado que ressoa em toda a sociedade. Em entrevista ao programa Fantástico, seu filho, **Júnior Ahzura**, e sua viúva, **Irani Pinheiro**, compartilharam memórias e reflexões sobre o homem que encantou milhões de fãs.
Júnior descreveu o pai como uma pessoa “simples” com um “olhar tão crítico e tão respeitoso”, ressaltando valores como respeito e tolerância que sempre defendeu. “Ele parte do princípio do respeito, de respeitar o próximo”, completou. A relação entre pai e filho se fortaleceu nos últimos anos, quando Maguila lutava contra os efeitos da demência pugilística.
Irani, que esteve ao lado de Maguila por 40 anos, também falou sobre o ex-lutador, destacando seu carisma e o impacto que ele teve na sociedade. “Ele deixou marcas que quebraram muitas barreiras”, afirmou, enquanto relatava suas memórias mais queridas ao lado do ícone do boxe.
Maguila não só foi um grande lutador, mas também se destacou em outras áreas. Após sua aposentadoria, ele se tornou comentarista de economia e até tentou a carreira musical. “O apelido que ele carregou, originado de uma alusão racista ao personagem de desenho, ele próprio ressignificou, assumindo e colocando para jogo. Ele estava sempre se reinventando”, comentou Júnior.
Maguila doou seu cérebro para a Faculdade de Medicina da USP — Foto: Reprodução/TV Globo
A escolha de Maguila de doar seu cérebro para estudos na **Faculdade de Medicina da USP** reflete seu compromisso com a ciência e o desejo de ajudar a desvendar os mistérios das consequências de impactos repetitivos na cabeça de atletas. Irani explicou a importância dessa doação, afirmando que ajudará a melhorar o diagnóstico e tratamento da doença que ele enfrentou.
Para Júnior, cuidar do legado do pai é uma responsabilidade prazerosa. “Eu chegava pra visitar ele e os olhos dele brilhavam”, disse, evidenciando a conexão emocional que compartilhavam.
Maguila ao lado de Irani Pinheiro.
A história de amor entre Irani e Maguila também merece destaque, pois superaram muitas barreiras ao longo do caminho, inclusive o preconceito familiar. “Foi a luta mais difícil da minha vida, mas eu conquistei o que sempre quis”, lembrou ele em sua biografia.
O relato compartilhado pela família é não apenas uma homenagem ao boxeador, mas também uma inspiração para as próximas gerações. Maguila sempre será lembrado por sua bravura, tanto dentro quanto fora dos ringues.
Para ajudar a manter viva a memória de Maguila, compartilhe suas lembranças e reflexões sobre este grande ícone do esporte nos comentários abaixo.
Referências
- https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/27/filho-e-viuva-de-maguila-falam-sobre-o-idolo-do-boxe-tinha-um-olhar-critico.ghtml
- https://www.r7.com/todos-os-videos/video/demencia-pugilistica-entenda-a-doenca-de-maguila-que-morreu-nesta-semana-28102024/
- https://www.itatiaia.com.br/esportes/lutas/2024/10/25/quem-e-irani-pinheiro-conheca-a-vida-da-viuva-de-maguila
