Revelações dos jogadores que viveram momentos tensos na final em Montevidéu
Jogadores do Botafogo erguem a taça da Copa Conmebol de 1993 — Foto: Julio Cesar Guimarães / O Globo
Em meio a uma atmosfera de tensão e hostilidade, os campeões da Copa Conmebol de 1993, o Botafogo, recordam os desafios enfrentados durante a final contra o Peñarol, realizada em Montevidéu. A partida ocorreu em 22 de setembro de 1993 e se tornou um marco na história do clube.
Os relatos revelam que a equipe enfrentou diversas adversidades, incluindo um ambiente hostil por parte da torcida uruguaia. Sinval, um dos jogadores da época, rememora: “Tivemos problema no hotel com muitos rojões soltados para não dormirmos… Além disso, a chegada ao estádio foi extremamente complicada, com hostilizações constantes dos torcedores adversários.”. O clima de guerra teve seus ápices não apenas nas arquibancadas, mas também nos bastidores.
André Silva, também integrante daquele elenco, detalha como o vestiário foi afetado: “Quando chegamos para jogar, o vestiário tinha acabado de ser pintado e jogaram bomba de gás lacrimogêneo. Foi uma guerra total”. A lembrança dos instantes de tensão ainda se sobrepõe à euforia da vitória: “Nós saímos daquele jogo com o espírito de campeão, com o nosso ego lá em cima”, completa um dos jogadores, refletindo sobre a vitória que ficou marcada na história do Botafogo.
Atualmente, o Botafogo se prepara para enfrentar novamente o Peñarol, mas a pressão é intensa. A Conmebol já pressionou por garantias para a presença de torcedores visitantes no estádio, dada a hostilidade que ainda permeia a rivalidade entre os clubes. O presidente do Peñarol declarou que sua torcida não abrirá mão da presença no jogo: “A decisão está nas mãos do Ministério do Interior”, referindo-se à necessidade de aprovar a presença de visitantes, diante do histórico recente de violência em jogos.
Sinval Botafogo Conmebol 1993 — Foto: Júlio Cesar Guimarães / O Globo
Diante desses eventos, a atmosfera que cerca os jogos do Botafogo na atual edição da Copa Libertadores é tensa, refletindo os desafios contínuos enfrentados pelo clube, tanto dentro quanto fora de campo. Neste clima, a equipe brasileira obterá, mais uma vez, uma nova oportunidade de consolidar sua trajetória vitoriosa.
Os torcedores e jogadores esperam que a história não se repita e que o espírito esportivo prevaleça, tornando esta competição um exemplo de rivalidade sadia e respeito mútuo.
Ao final desta jornada, o Botafogo espera não apenas manter a sua vantagem de 5 a 0 contra o Peñarol, mas também deixar uma marca positiva nesse histórico encontro futebolístico.
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Referências
- https://ge.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2024/10/29/vestiario-pintado-e-dente-quebrado-como-campeoes-pelo-botafogo-em-1993-lembram-do-jogo-em-montevideu.ghtml
- https://www.terra.com.br/esportes/botafogo/penarol-nao-abre-mao-de-sua-torcida-e-deixa-decisao-para-ministerio-do-interior,8721be631b02aaff6bbc5bc21ceb00fbg88dxx7n.html
- https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2024/10/28/conmebol-exige-fim-de-veto-a-torcida-do-botafogo-ou-estuda-portoes-fechados.htm